HISTÓRIA DO BRASIL - MOVIMENTO TENENTISTA
MOVIMENTO TENENTISTA E
COLUNA PRESTES
O Brasil, nas primeiras décadas do século XX,
encontra-se num clima de grandes agitações políticas e sociais. Um dos
movimentos de grande impacto no cenário nacional é o Tenentismo.
No começo da década de 1920, militares começam a exigir maiores investimentos nas Forças Armadas e
formam uma oposição às oligarquias que dominavam a política - especialmente,
São Paulo e Minas Gerais, através de um processo conhecido como “política do
café-com-leite”.
Não havia uma ideologia ou linha de pensamento
homogênea no movimento tenentista. Havia segmentos que tanto defendiam a
democratização das instituições brasileiras – incluindo aí o sistema de ensino
público, voto feminino e liberdade de imprensa - quanto outros que defendiam
uma maior centralização do poder político. É importante saber que civis também
aderiram à causa tenentista!
O primeiro grande levante ocorreu em 1922, no
episódio conhecido como a Revolta dos 18
do Forte. Em 1924, uma Revolta
eclode em São Paulo e neste mesmo ano ganham a vida a Coluna de Manaus e a Coluna Prestes.
Enquanto Luís Carlos Prestes organizava tropas no
Rio Grande do Sul, Miguel Costa organizava os soldados em São Paulo. Em abril de 1925 esses dois grupos se encontraram
e marcharam pelo Brasil. Daí que vem o nome Coluna Miguel Costa Prestes!
Havia cerca de mil e quinhentos homens e foram
percorridos aproximadamente 25.000 quilômetros. Nesses dois anos de marcha – e onze
Estados desbravados , os militares despertaram a admiração das pessoas,
recebendo seu apoio. Mas também despertaram a ira dos “senhores locais”, os
coronéis.
Mais do que simplesmente desfilar com armas, os
revoltosos procuravam expor o que de fato ocorria no cenário político
brasileiro.
Luís Carlos Prestes ficou conhecido como “O
cavaleiro da esperança”. Não, ele não o líder da Coluna! Miguel Costa
estava na linha de frente. Mas Prestes era a cabeça, o que melhor articulava as
idéias. Sim, em determinados momentos, “a pena é mais poderosa que a espada”.
A coluna chegou ao fim em 1927, na Bolívia, onde
muitos dos combatentes se refugiaram. Prestes partiu para a Rússia e, tempos
depois, retornou ao Brasil como um dos líderes do Partido Comunista Brasileiro
(PCB).
Jomo O. Campos,
historiador, professor.
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